A Evolução da Tecnologia

Tendo em conta toda a evolução a que temos assistido na área da tecnologia, o nosso grupo de trabalho resolveu criar um blogue informativo acerca da história da tecnologia, desde a invenção do fogo até à criação da famosa internet.

domingo, 31 de janeiro de 2010

1861 – Primeiro telefone (Johann Philipp Reis)


Johann Reis nasceu a 7 de Janeiro de 1834 na pequena cidade de Gelnhausen, próximo de Frankfurt, na Alemanha. O seu pai, Segismundo Reis, um padeiro de parcos recursos, era filho de judeus sefarditas portugueses oriundos da Beira Baixa que emigraram para a Alemanha nos finais do século XVIII, juntando-se inicialmente à florescente comunidade de judeus portugueses estabelecidos em Hamburgo.
Órfão de mãe aos 11 meses, Johann Philipp Reis perdeu também o pai quando tinha apenas 10 anos, sendo criado pela avó materna, uma Judia portuguesa extremamente culta e bastante religiosa. Estudante talentoso desde tenra idade, Johann Reis passava horas na biblioteca do colégio, o Instituto Hanssell, lendo tudo o que apanhava sobre as suas disciplinas favoritas: geografia, matemática, física e línguas. Um dos seus tios queria fazer dele um comerciante, profissão tradicional na família, mas Johann tinha outras aspirações. Aos poucos, pagou do seu bolso aulas privadas de matemática e física e em 1858, um ano antes de casar, aceita a posição de professor de matemática e ciências no Instituto Garnier, em Friedrichsdorf, nos arredores de Frankfurt.
O caminho que o levaria à invenção do telefone teve início acidentalmente, quando Johann Reis investigava a possível construção de uma “orelha artificial” (künstliches ohr) para aliviar a surdez – uma doença que afectava a sua avô beirã, já em idade avançada. Reis começou a trabalhar na “orelha artificial” com apenas 18 anos, em 1852. No laboratório improvisado num barracão nas traseiras da sua casa, Johann Reis construiu o seu primeiro aparelho com componentes inesperados que encontrou quase ao acaso: um violino, uma agulha de malha, uma rolha de cortiça, fio de cobre e uma salsicha. Uma pele de salsicha esticada sobre uma rolha de cortiça oca servia de microfone, unido com cera ao fio de cobre que por sua vez era ligado a uma corda do violino, que funcionada como receptor e caixa acústica. Os resultados não foram muito animadores, mas Reis não desistiu.
Dois anos mais tarde, em 1854, Johann Reis lê um interessante artigo do telegrafista francês Charles Bourseul, publicado na revista L’Illustration de Paris, no qual ele descreve a possibilidade de transmitir sons através de uma corrente eléctrica intermitente. O artigo de Bourseul concedia uma base teórica às experiências de Johann Reis, permitindo-lhe avançar com o seu projecto, ao qual deu o nome de “telefone”, cunhando pela primeira vez o termo que viria a fazer parte do vocabulário de todo o planeta nos séculos que se seguiram.
Em 1860, quase dez anos após as suas primeiras experiências, as tentativas de Johann Reis davam frutos significativos, 16 anos antes do escocês Alexandre Graham Bellreclamar a sua patente. A primeira frase transmitida pelo telefone de Reis foi “das pferd frisst keinen gurkensalat” (literalmente “o cavalo não come salada de pepino”). A demonstração pública do novo invento foi efectuada perante a Sociedade de Físicos de Frankfurt (Der Physikalische Verein) a 26 de Outubro de 1861. Na altura com apenas 27 anos de idade, Johann Philipp Reis proferiu uma palestra intitulada “Das Telefonieren Durch Galvanischen Strom” (“Telefonia Utilizando Corrente Galvânica”) e transmitiu os versos de uma canção através de um cabo de 100 metros, naquela que seria a primeira exibição pública que provava com sucesso a possibilidade teórica da conversão de variações de corrente eléctrica em ondas sonoras.
Apesar de algum sucesso relativo, o telefone de Reis estava longe de ser perfeito. Construído para converter quebras de corrente eléctrica em som, o aparelho conseguia transmitir música mas tinha dificuldades em reproduzir a voz humana. Por causa disso, a invenção ficaria conhecida na época como “telefone musical”. A palestra de Frankfurt granjeou a Johann Reis alguma fama temporária, fazendo com que modelos do seu invento fossem levados para a Inglaterra, Irlanda, Estados Unidos e Rússia.
Mesmo assim, a Sociedade de Físicos de Frankfurt voltaria costas ao telefone, com parte da comunidade cientifica alemã a classifica-lo como um mero “brinquedo filosófico”. Confrontado com o antisemitismo de alguns dos membros, Reis abandona a Sociedade de Físicos de Frankfurt em 1867.
Johann Phillipp Reis, o inventor descendente de judeus portugueses, morreu vítima de tuberculose às cinco da tarde do dia 24 de Janeiro de 1874, com apenas 40 anos, sem conhecer o verdadeiro sucesso do seu trabalho mas acreditando nele até ao fim. Pouco antes de morrer, Johann Reis escreveu: “Olhando para a minha vida posso dizer, como na Torá, que tem sido ‘trabalho e sofrimento’. Mas tenho também de agradecer a Deus que me deu a Sua benção na minha carreira e na minha família, e me concedeu mais do que eu alguma vez saberia como pedir-lhe. Hashem ajudou-me até aqui; Ele irá ajudar-me daqui para a frente.”
A 22 de Março de 1876, um editorial do New York Times intitulado “The Telephone” elogiava e enaltecia Johann Phillipp Reis como inventor do novo engenho. O editorial não fazia qualquer menção a Alexander Graham Bell, que poucos meses depois receberia uma patente americana registando “melhoramentos” no telefone. Em 1878, um grupo de físicos da sociedade de Frankfurt mandou erigir um monumento a Phillipp Reis, classificando-o como “o inventor do telefone”. A paternidade do invento foi-lhe igualmente atribuída em inúmeros livros e tratados publicados por toda a Europa. Já no século XX, pelo facto de Johann Reis ser judeu, o regime nazi haveria de expurgar o seu nome dos manuais escolares alemães. Reis seria reabilitado após a Segunda Guerra Mundial, homenageado em 1952 pelo governo alemão numa colecção de selos comemorativa dos 75 anos do serviço telefónico no país – um novo selo, este com uma gravura da sua invenção, seria emitido em 1989 na RDA.
Em 1986 as cidades de Friedrichsdorf e Gelnhausen, em conjunto com a Deutschen Telekom, instituíram o Johann Philipp Reis Preis, uma bolsa anual de 10 mil euros destinada a premiar jovens cientistas que se distingam no campo das telecomunicações.

sábado, 30 de janeiro de 2010

1859 – O motor a gás é desenvolvido (Etienne Lenoir)

Em 1876, uma idéia técnica impressionante virou realidade: o engenheiro alemão Nicolaus August Otto construiu o primeiro motor com ciclo de quatro-tempos. O princípio da “indução, compressão, ignição e exaustão”, aplicado na sua máquina de força de combustão continua sendo aplicado, sem ter sido modificado na fabricação de motores atuais.

O primeiro motor de combustão funcional já havia sido construído pelo belga Etienne Lenoir em 1859. O motor a gás que era parecido com um motor a vapor horizontal, trabalhava com uma mistura de gás iluminado e ar. O movimento do pistão sugava a mistura de gás para o cilindro onde ele era aceso com uma faísca elétrica. A explosão movia o pistão para trás. No caminho, os gases de combustão eram expulsos enquanto que do outro lado do pistão, a indução e o processo de trabalho era repetido.

Em 1867, Nicolaus August Otto desenvolveu um motor melhor, o chamado motor atmosférico livre de pistão. O motor foi premiado com a medalha de ouro na Feira Mundial de Paris em 1867 apesar de fazer barulho enquanto operava. O fato de que sua consumação de combustível era cerca de 60% mais favorável do que os motores produzidos por outros fabricantes foi decisivo.

Na primavera de 1876 o “motor Otto” foi criado. Este era um motor a gás de quatro-tempos com carga compressa que inicialmente era movido com a ajuda de uma chama de gás como uma fonte externa de ignição. Logo após o fim do movimento do pistão durante a fase de compressão, a chama era introduzida no cilindro onde ela acendia a mistura de combustível e ar, sendo possível apenas a utilização de combustíveis gasosos.

O princípio básico era e continua sendo simples: o combustível é sugado, compresso e então entra em combustão. No quarto tempo, os gases de combustão são expelidos.

Em pouco tempo o novo motor de Otto foi desenvolvido por Mayback ficando pronto para produção em série, sendo introduzido no mercado em 1876 sob o nome de “Deutzer A-motor” com um motor de aproximadamente 3 cavalo-vapor. No início do ano seguinte, a potência do motor pôde ser elevada em 5 cavalo-vapor.

Em 1883, Otto finalmente construiu um motor que também usava petróleo. Karl Benz aperfeiçoou o motor com ciclo de quatro tempos e apresentou o primeiro automóvel em 1886.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

1854 – Invenção da lâmpada de luz incandescente (Heinrich Goebel)


Segundo Karl Bienek, que há anos se ocupa com a história da lâmpada incandescente e da energia elétrica, uma das sensações da 1ª Feira de Eletricidade de Paris foi o estande em que as pessoas podiam ligar e desligar uma lâmpada. Tratava-se de uma fascinante novidade na época. "A feira de 1881 foi decisiva para a introdução da luz e de outras formas de uso da eletricidade", diz.

Hoje é quase inimaginável que alguém possa viver sem energia elétrica. Em 1881, isso era bem diferente. A energia elétrica era praticamente inexistente, uma realidade que mudou depois da feira de Paris. As lâmpadas de Edison foram apenas o começo. O inventor norte-americano, porém, deixou claro aos europeus que a nova luz significava o início de uma nova era.

De Goebel a Edison

No entanto, o inventor da lâmpada incandescente não foi Thomas Alva Edison (1847-1931) – como se acredita – e sim o mecânico alemão Johann Heinrich Goebel (1818–1893). Emigrado para os Estados Unidos em 1848, ele usou em 1854 as fibras de bambu de sua bengala como filamento.

Ligadas nas extremidades por meio de arames de aço, elas se transformavam em condutores de energia elétrica. Em ampolas de vidro transparente, as fibras de bambu chegavam a permanecer acesas por até 200 horas. Goebel logo usou o invento para iluminar sua joalheria em Nova York.

Segundo Karl Bienek, Goebel estava à frente de seu tempo. Ao tentar iniciar a industrialização e a produção em série, não encontrou financiador. Na época, simplesmente não existia demanda por lâmpadas incandescentes.

Faltava também a infra-estrutura tecnológica – como, por exemplo, usinas de eletricidade – para manter a luz em funcionamento. Existiam apenas células galvânicas, que eram muito caras e não tinham a potência para iluminar uma rede de lâmpadas incandescentes.

O mérito de Edison foi transformar a lâmpada incandescente num produto de consumo, o que viabilizou sua produção em série. Ele começou também a desenvolver a tecnologia necessária para o emprego do invento. São dele, por exemplo, as idéias básicas e a construção de um sistema de iluminação elétrica, com motor a dínamo, distribuidor, linhas de distribuição, registrador de consumo, fusíveis, material isolante, interruptores e bocais.

O longo caminho para a comercialização

Apesar de ter sido muito admirada na feira de Paris, a eletricidade ainda demorou a se impor na Europa. Os alemães, por exemplo, continuaram usando lamparinas de petróleo, velas de cera e lampiões a gás para a iluminação em geral.

Somente no início do século 20, a Alemanha percebeu que era possível ganhar dinheiro com a nova tecnologia. Foi aí que Auer von Welsbach revolucionou a lâmpada de Edison, com a introdução do filamento incandescente de metal.

A lâmpada ósmico-wolfrâmica, conhecida pela abreviação Osram, abriu o caminho para o lançamento, em 1912, de lâmpadas com filamento totalmente à base de tungstênio no mercado alemão. A tecnologia básica da lâmpada incandescente, portanto, foi desenvolvida de 1854 a 1912. E, com ela, a eletricidade conquistou as casas e as ruas da Alemanha e da Europa.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

IPad - Um Futuro Presente


Após meses de rumores, Steve Jobs apresentou a última maravilha da Apple: um dispositivo revolucionário, com o tamanho de uma folha A4, que inclui uma série infindável de funcionalidades. Em Março estará no mercado por 499 dólares.

A Apple revelou ontem o iPad, dispositivo que durante meses andou a alimentar rumores.

Na conferência de imprensa - que contou com a presença do ex-vice-presidente Al Gore - o patrão da Apple, Steve Jobs, desvendou o iPad, leitor multimedia e de livros electrónicos, com capacidades de telemóvel. Estará no mercado em dois meses, em algumas das seis diferentes versões em que foi apresentado.

O iPad vai surgir em seis modelos com ligações Wi-Fi no final de Março e Wi-Fi mais 3G (apenas em Abril), com 16, 32 e 64 GB de memória interna. Os preços nos Estados Unidos vão de 499 (Wi-Fi e 16 GB) a 829 dólares (Wi-Fi, 3G e 64 GB). Os preços internacionais serão revelados mais tarde.

A Apple associou-se à AT&T nos EUA para o lançamento de um plano de preços de dados específico, enquanto os acordos com operadoras telefónicas internacionais serão revelados em Junho ou Julho.

Em termos de design, o iPad é um iPhone maior com um interface de utilizador fácil de usar. É uma terceira categoria de dispositivo, entre o telemóvel e o computador, em que o utilizador terá "toda a Internet na sua mão", sintetizou Jobs.

Tem ecrã táctil de 9,7 polegadas, semelhante ao leitor electrónico Kindle, mas com melhor design, usa um processador da Apple e uma bateria com autonomia de dez horas. Apesar do teclado virtual, acessível pelo ecrã, permite a ligação de um teclado externo, vendido à parte.

O iPad é uma inovação por congregar tecnologias já existentes. Posiciona-se entre vários equipamentos disponíveis, desde os netbooks aos leitores electrónicos de livros, mas ultrapassa-os em funcionalidades, oferecendo igualmente uma loja iBooks para livros e uma iWork com um conjunto de aplicações. Tem o tamanho de uma folha A4, com uma capa que protege o ecrã, acesso a correio electrónico ou a transmissões televisivas, a música, fotografias, redes sociais, mapas da Google e vídeos do YouTube, bem como a edições electrónicas de jornais ou videojogos.
As aplicações disponíveis na App Store correm no iPad sem problemas, garantiu Jobs, "bem como algumas de uma nova geração concebidas" para ele. A sincronização ao iTunes funciona como no iPhone, através de uma ligação USB pelo computador.

Após o anúncio, percebe-se que a Apple andou a criar suspense em diferentes indústrias, pelo que surgiram rumores ontem confirmados de que o novo equipamento iria ter influência nos jogos ou na leitura electrónica de jornais e de livros.

Mesmo o nome iPad já tinha surgido nos media, após a Apple ter registado o nome em Julho no Canadá, Europa e Hong Kong (e na Austrália, mas em 2007), sendo um termo mais recente do que o também falado iSlate registado há quatro anos. No entanto, o termo iPad está registado nos EUA pela Fujitsu e a Apple está a disputar o nome no organismo responsável pelos registos.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

1825 – Primeira linha de Estrada de ferro na Inglaterra

George Stephenson foi o Inglês que idealizou a primeira ferrovia, chamada de Estrada de Ferro Stockton & Darlington. Possuía 32 quilômetros que ligavam Stockton a Darlington. Utilizando tração a vapor, foi construída devido ao interesse de donos de minas de carvão que desejavam um meio de transporte barato para levar a matéria-prima até os portos.
Nessa primeira viagem, a locomotiva puxava mais de quinze vagões divididos entre veículos de passageiros e de carga. Cerca de quinhentas pessoas estavam no trem, que completou o percurso em sete horas, devido às longas paradas nas estações.
A linha férrea transformou-se num sucesso comercial e técnico. Tanto que cinco anos depois, Stephenson já criava uma outra ferrovia, desta vez fazendo a ligação entre Liverpool e Manchester. Sem que percebessem, os ingleses assistiram naquele dia ao estabelecimento de uma invenção que contribuiria para o aniquilamento do espaço pelo tempo

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

1821 – Motor Elétrico (Michael Faraday)


A primeira aplicação do princípio de motor foi em 1821 na construção de um motor elétrico, por Michael Faraday, hoje os motores de indução possuem grande importância na área industrial, encontra-se um valor de 70 a 80% de energia elétrica consumida para transformação em energia mecânica. Existe uma grande vantagem em relação aos motores de corrente contínua, como o próprio sistema de distribuição ser em corrente alternada, baixo custo de manutenção e rendimento elevado para média e máxima carga.

Os motores elétricos estão divididos nas seguintes categorias:

Motores CC, Imã permanente;
Motores AC, Monofásico;
Motores AC, Polifásico;
Motores AC, Universal;

Para a escolha do motor adequado para a aplicação é necessário verificar as seguintes condições:

Tipo de fonte de alimentação (DC, CC, Monofásico, Polifásico);
Ambiente de utilização do motor (Devido à poluição sonora e etc);
Relação Binário(torque)/Velocidade;
Perspectiva econômica (Custo e Manutenção)
Acionamento (Posição, Binário, Velocidade, Corrente de Arranque);

A utilização dependerá também do tipo de carga que será acionada pelo motor, podem ser as seguintes:

Binário Variável (Ventiladores, Bombas, Compressores);
Binário Constante (Tapetes, bombas de pistão);
Potência constante (Enrolamentos, Laminadores, Tração Elétrica);


O Conjunto do motor elétrico, é constituído dos seguintes itens:

Estator ( Chapas feromagnéticas);
Bobinas
Rotor (núcleo ferromagnético)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

1810 – Impressão (Frederick Koenig)





Friedrich König, nascido em 1774 em Eisleben, Saxónia, patenteou uma impressora movida a vapor em 1810. Desde 1807 a trabalhar em Londres, König tirou partido na criação da sua impressora da invenção da máquina a vapor por James Watt em 1775.

A sua máquina caracterizava-se por incluir para além do funcionamento a vapor, uma novidade importante: dois rolos móveis que aplicavam a tinta sobre a forma impressora , voltando depois ao seu lugar dando azo à colocação do papel sobre a forma. A máquina , da qual se construiu um só exemplar, imprimia 400 folhas por hora — quase o dobro das prensas normais.

A máquina de impressão passou daí em diante a dominar a vida de König, que frequentou várias cadeiras universitárias antes de entrar na vida profissional. Em 1802, König firmou um contrato com um amigo de infância para criar uma editora e oficina de impressão em Eisleben.

Já em 1803, passa à prática e começa a construir em Suhl um novo tipo de máquina de impressão, que não chega a concluir.

Seria em Londres, o centro industrial do mundo, que conseguiria construir, em 1811, o prelo mecânico para o qual obtivera um ano antes uma patente. Aí encontrara o necessário capital de risco para financiar a realização das suas novas máquinas.

A prensa mecânica de 1811 reduziu as nove operações do prelo Stanhope a somente três: primeira, colocar no local o papel; segunda, pôr em marcha a tábua de entintagem e impressão ao mesmo tempo e terceira, retirar o papel impresso.

Esta máquina de impressão trabalhou pela primeira vez em Londres, na oficina tipográfica de George Woodfall e Richard Taylor, na impressão dos 3000 exemplares do Annual Register para o ano de 1810.

Mas o investimento devorara importantes somas e König entrou em conflicto com os financiadores da sua invenção. Estes queriam introduzir a nova máquina apenas nas suas próprias oficinas, ao passo que König estava obviamente interessado em vendas mais abrangentes.

Em 1812, König criou uma outra máquina: o órgão impressor, de grande diâmetro, estava dividido em três partes do seu eixo, sendo utilizada uma dessas partes em cada movimento de vaivém do órgão tipográfico; assim eram impressos três exemplares numa volta completa do cilindro.

Esta máquina era uma «Doppelmaschine», porque foi construída com dois cilindros para fazerem impressão simultânea. Inicialmente movida a força de braço, foi adaptada, em 1814, a vapor, e passou a imprimir 1.100 exemplares por hora!

No ano de 1816, König inventou uma máquina, que imprimia simultaneamente a frente e o verso de uma folha.

König & Bauer

Depois de voltar as costas à Inglaterra e regressar à Alemanha, König comprou, em 1817, o Convento Obernzell, perto de Würzburg. Em sociedade com o seu amigo Andreas Bauer (1783-1866) fundou aí a König & Bauer, empresa que obteve substancial apoio do rei Ludwig I da Baviera.

Em 1818, a König & Bauer apresenta a primeira máquina de retiração no sistema plano-cilíndrico. As invenções sucedem-se para além da morte de König em 1833.

Sem nunca ter deixado de introduzir inovações tecnológicas ao longo de várias gerações, a empresa König & Bauer (KBA) é hoje uma das líderes em máquinas de impressão de alta performance. A firma fundada em 1817 tem hoje centros de produção em Radebeul/Dresden, Frankenthal, Würzburg, Kassel e Trennfeld.

domingo, 24 de janeiro de 2010

1804 – Primeira locomotiva a vapor (Richard Trevithick)

A mineração foi o motor da economia européia no começo do século 19. O carvão era a matéria-prima para o aquecimento da casas – já que as cidades cresciam sem parar – e para as máquinas a vapor. Para transportar quantidades cada vez maiores de carvão, colocou-se uma máquina de tração sobre trilhos.

O diretor técnico do Museu Ferroviário de Bochum-Dalhausen, Thomas Huhn, explica que os trilhos sempre foram usados na mineração, só que os vagões eram puxados por cavalos. O construtor galês Richard Trevithick foi o inventor do "cavalo mecânico", que podia fazer mais força, sem nunca se cansar. Um cavalo com a força baseada na já então famosa invenção de James Watt, a máquina a vapor.

Para o transporte humano e de materiais

O protótipo era muito rudimentar: tratava-se de uma caldeira na horizontal, apoiada por quatro rodas. Para os leigos, ela não passava de um enorme tonel deitado, com chaminé e rodas. Trevithick teve que fazer muita propaganda, pois poucos viam futuro "naquilo".

Até que o inventor foi desafiado pelo proprietário de uma mina. O mineiro queria observar o desempenho da engenhoca sobre 15 quilômetros de trilhos. O teste foi marcado para o dia 13 de fevereiro de 1804. Trevithick provou que sua máquina podia transportar tanto pessoas como materiais. No caso, a máquina de tração levou 70 pessoas e dez toneladas de ferro.

A euforia inicial, entretanto, durou pouco, devido a alguns problemas. A máquina, pesada demais, logo voltou a ser substituída pelo cavalo. Só depois de alguns aperfeiçoamentos pelo construtor inglês George Stephenson, a locomotiva a vapor conquistou respeito. Numa corrida, por exemplo, em 1829, a de Stephenson, batizada "Rocket" (foguete) chegou à frente de todas as concorrentes.

Pioneirismo no sul alemão

As locomotivas de Stephenson foram usadas na primeira ferrovia de serviço público e com o tempo aumentaram em tamanho e potência. Também a primeira locomotiva usada para o transporte de passageiros na Alemanha veio de sua fábrica. Seu nome era "Adler" (águia) e a partir de 1835 ela passou a ligar as cidades vizinhas de Nurembergue e Fürth, no sul da Alemanha.

Os pareceres médicos da época eram pessimistas: a velocidade "infernal" das máquinas poderia levar a um estado de delírio dos passageiros (por isso sugeriram a construção de muros dos dois lados dos trilhos). Mesmo assim, o trem se impôs como meio de transporte popular.

Já em 1860, a malha ferroviária alemã tinha quase 12 mil quilômetros. Em 1902, foi inaugurado o primeiro trecho ferroviário com energia elétrica na Alemanha e, sete anos depois, introduzida a locomotiva a motor diesel. A última locomotiva a vapor foi desativada no país em 1977.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

1800 – Primeira bateria (Alessandro Volta)


Em 1800, como resultado de uma discórdia profissional sobre a resposta galvânica, advocado por Luigi Galvani (onde metais produziriam eletricidade apenas em contato com tecido animal), Volta desenvolveu a pilha voltaica (comprovando que para a produção de eletricidade, a presença de tecido animal não era necessária), um predecessor da bateria elétrica. Volta determinou que os melhores pares de metais dissimilares para a produção de eletricidade eram zinco e prata.

Inicialmente, Volta experimentou células individuais em série, cada célula sendo um cálice de vinho cheio de salmoura na qual dois electrodos dissimilares foram mergulhados. A pilha elétrica substituiu o cálice com um cartão embebido em salmora. O número de células, e consequentemente, a tensão electrica que poderiam produzir, estava limitado pela pressão exercida pelas células de cima, que espremiam toda a salmora do cartão da célula de baixo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

1793 – Telégrafo (Claude Chappe)


Telegrafia é a transmissão a longa distância de mensagens escritas sem o transporte físico de cartas. Os primeiros telégrafos eram Telégrafos Visuais, eles usavam sinais visuais tais como sinais de fumo e focos de luz. Este tipo de telégrafo existe desde tempos imemoriais mas provaram-se pouco fiáveis já que inúmeros factores externos podiam contribuir para a corrupção da mensagem enquanto em trânsito.

Em 1793, um inventor francês, Claude Chappe, inventou o Telégrafo Semafórico, um sistema de sinalização visual. Os aparelhos de telégrafo de Chappe eram instalados em torres construídas com, sensivelmente, 10 a 15 km de distância entre elas. Cada aparelho era composto por dois braços de madeira móveis, ligados por uma trave. O operador na torre movia os braços e trave para diferentes posições e ângulos para indicar diferentes letras e símbolos, os quais eram observados pelo operador na torre seguinte através de telescópio. Este, por sua vez, retransmitia de forma idêntica a mensagem para a torre seguinte. Desta forma, as mensagens eram transmitidas de torre em torre.

A primeira Linha Semafórica de Chappe foi estabelecida entre Paris e Lille. Em Agosto de 1794, o sistema semafórico de Chappe transmitiu a Paris, em menos de uma hora, a mensagem da captura de Condé-sur-Léscaut dos Austríacos. Este sucesso levou à instalação de mais linhas semafóricas. A rede semafórica em França foi a primeira rede de telecomunicações na Europa.

O Telégrafo Visual de seis “persianas”, em exibição no Museu, é uma réplica baseada no desenho, de 1795, do inglês George Murray. Movendo-se as “persianas” para posições quer verticais quer horizontais, podem-se formar 64 diferentes letras e símbolos (26).

O telégrafo visual era afectado, todavia, pelas condições atmosféricas e não podia ser utilizado durante a noite. Foi, assim, substituído pelo Telégrafo Eléctrico em meados do século dezanove.


terça-feira, 19 de janeiro de 2010

1785 – O tear mecânico é inventado (Edmund Cartwright)

Clérigo, poeta e inventor britânico nascido em Nottinghamshire, criador e construtor do primeiro tear mecânico movido a vapor, revolucionando a fabricação de tecidos e aumentando sua produção, o qual patenteou (1785). Estudou em Wakefield e e após se graduar na Oxford University (1779), foi nomeado reitor da igreja de Goadby, em Marwood, Leicestershire (1779). Após conhecer (1784) o tecelão e inventor, Sir Richard Arkwright (1732-1792), em Derbyshire, e conhecer as suas instalações de produção, começou a pensar em uma maneira de desenvolver um equipamento que beneficiasse a produção de tecidos e descobriu seu poder criativo. No ano seguinte ele patenteou seu primeiro modelo de tear que instalou em uma fábrica de sua propriedade, aberta em Doncaster.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

1780 – Invenção da copiadora (James Watt)

O primeiro invento usado para produzir cópias de documentos expedidos foi a prensa copiadora, inventada em 1780 por James Watt (1736 - 1819), o inventor da máquina a vapor. Naquela época foi um invento de grande utilidade prática na cópia de manuscritos. Empregava-se uma tinta glutinoa e imprensava-se a página escrita contra uma folha úmida de papel fino. Tanto George Washington como Thomas Jefferson usaram esse invento. Esta invenção foi pela primeira vez usada no governo federal em 1970, no Departamento de Estado. Antes disso apenas havia sido usada pelos Departamento de Guerra e da Marinha para obter cópias de sugurança de documentos extremamente importantes.

domingo, 17 de janeiro de 2010

1775 – Primeiro submarino (David Bushnell)

Inventor americano nascido em Saybrook, Conn, que (1775-1776) criou um tipo pouco eficiente de submarino torpedo para atacar os navios britânicos durante a Revolução, o Bushnell's Turtle, essa ideia valeu-lhe o título de o pai do submarino. Formado em Yale (1775), com o início da Revolução americana, foi para Saybrook onde projetou e construiu (1776) um submarino com capacidade para uma pessoa: o submarino tartaruga.

Recipiente inédito para ser impelido debaixo de água impulsionado por uma hélice manual, armado com uma mina, ou um torpedo. Foi o primeiro submarino usado em combate pelos militares norte-americanos e na Guerra da Independência.

sábado, 16 de janeiro de 2010

1769 – James Watt aprimora o motor a vapor de Newcomen

O primeiro avanço importante de sua autoria foi a construção de um motor com um espaço separado para condensar o vapor. Essa construção, que foi patenteada em 1769, melhorou a eficiência consideravelmente. A perda de vapor resultante do aquecimento e esfriamento do cilindro foi praticamente eliminada com este motor.

O uso de água a vapor em vez de pressão de ar nos motores de Watt também fez uma diferença fundamental. Mais tarde, Watt inventou um procedimento onde o pistão se movia para frente e para trás em um motor podendo mover um volante giratório. Ele alcançou isto primeiro com um sistema de roda dentada e mais tarde com um virabrequim. Watt ainda equipou seus motores com válvulas de estrangulamento para regular a velocidade. Ele atingiu uma velocidade constante de operação com a ajuda de governadores.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

1768 – Nicholas Joseph Cugnot constrói um vagão a vapor.

Cugnot nasceu em Void-Vacon, Meuse, Lorraine. Foi engenheiro militar e fez experiências com modelos de máquina a vapor. Estas experiências destinavam-se ao transporte de pesados canhões para o exército francês. Corria o ano de 1765

Cugnot parece ter sido o primeiro a conseguir converter o movimento de um pistão num movimento rotativo.

Uma versão funcional da sua máquina a vapor circulou em 1769 e no ano seguinte construiu uma versão melhorada. Este veículo tinha capacidade para carregar até 4 toneladas à velocidade de 4 km por hora; tinha dois pares de rodas atrás e um na frente que suportavam a caldeira e era dirigido por um leme. Em 1771, o seu veículo bateu contra uma parede de tijolos, ficando conhecido como o primeiro acidente de automóvel do mundo. Este acidente, juntamente com problemas financeiros, puseram termo às experiências do exército francês com veículos mecanizados. No entanto, no ano seguinte, Luís XV atribuiu a Cugnot uma pensão de 600 francos anuais, como prémio pelo seu trabalho inovador

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

1705 – Primeiro motor a vapor (Thomas Newcomen)

O motor a vapor, também chamado de máquina a vapor ou turbina a vapor é um tipo de máquina térmica. Toda máquina térmica funciona baseando-se no princípio de que o calor é uma forma de energia, ou seja, pode ser utilizado para produzir trabalho, e seu funcionamento obedece às leis da termodinâmica. Embora a invenção do motor de combustão interna no final do século XIX parecesse ter tornado obsoleta a máquina a vapor, ela ainda hoje é muito utilizada, por exemplo, nos reactores nucleares que servem para produzir energia eléctrica. No caso da máquina a vapor, o fluido de trabalho é o vapor de água sob alta pressão e a alta temperatura. O funcionamento da turbina a vapor baseia-se no princípio de expansão do vapor, gerando diminuição na temperatura e energia interna; essa energia interna perdida pela massa de gás reaparece na forma de energia mecânica, pela força exercida contra um êmbolo. Há diversas classificações possíveis para as turbinas a vapor, mas a mais comum é dividi-las entre:
• De condensação - É um sistema fechado de geração de energia. Neste, o vapor tanto atravessa a turbina fazendo-se girar como também, ao ser condensado, gera uma zona de baixa pressão no difusor de saída da turbina aumentando o giro e alimentando a caldeira com o agente para novo ciclo. É o tipo mais comum em centrais termoeléctricas e nucleares.
• De contra-pressão' - Assim chamado é o método mais arcaico que se pode usar numa máquina térmica. É o mesmo projecto de Heron de Alexandria usado no segundo século antes de Cristo, o sistema Contra-Pressão é similar a uma máquina a vapor conhecida pelo nome de aeolípile.
O fato do vapor não passar por um condensador ao sair da turbina, ocasiona a perda de potência da turbina. Ele deixa a turbina ainda com certa pressão e temperatura e pode ser aproveitado em outras etapas de uma planta de processo químico, seja em aquecedores, destiladores, estufas, ou simplesmente é lançado na atmosfera. Este tipo é muito usado accionamento de energia, em petroquímicas, navios, plataformas de petróleo, etc...embora seja o sistema mais primitivo de captação de energia.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Invenções que marcaram a História

1705 – Primeiro motor a vapor (Thomas Newcomen)
1768 – Nicholas Joseph Cugnot constrói um vagão a vapor.
1769 – James Watt aprimora o motor a vapor de Newcomen.
1774 – A primeira calculadora de massa (Phillipe Matthäus Han)
1775 – Primeiro submarino (David Bushnell)
1780 – Invenção da copiadora (James Watt)
1785 – O tear mecânico é inventado (Edmund Cartwright)
1793 – Telégrafo (Claude Chappe)
1800 – Primeira bateria (Alessandro Volta)
1804 – Primeira locomotiva a vapor (Richard Trevithick)
1810 – Impressão (Frederick Koenig)
1821 – Motor Elétrico (Michael Faraday)
1825 – Primeira linha de Estrada de ferro na Inglaterra.
1827 – Primeira turbina de água e patente para a primeira hélice de navio (Josef Ressel)
1854 – Invenção da lâmpada de luz incandescente (Heinrich Goebel)
1859 – O motor a gás é desenvolvido (Etienne Lenoir)
1861 – Primeiro telefone (Johann Philipp Reis)
1875 – Invenção da geladeira (Carl von Linde)
1876 – Aplicação de patente para o telefone (Alexander Graham Bell)
1876 - Motor de quatro tempos (Nicolaus August Otto)
1877 – Invenção do fonógrafo (Thomas Alva Edison)
1879 – Primeira locomotiva elétrica (Werner von Siemens)
1881 – Fornecimento de energia com alta frequência de corrente alternada (George Westinghouse)
1883 – Desenvolvimento da turbina a vapor (Carl de Laval)
1886 – Primeiro automóvel (Karl Benz)
1895 – Descoberta de Raios X (Wilhelm Conrad Röntgen)
1895 - - Invenção do cinematógrafo (Auguste e Louis Jean Lumière)
1896 – Descoberta da radioatividade (Antoine Henri Becquerel)
1897 – Invenção do tubo de raio de catódio (Karl Ferdinand Braun)
1897 - - Diesel constrói o motor Diesel.
1903 – Primeiro voo motorizado (Orville and Wilbur Wright)
1913 – Linha de montagem para a fabricação de carro (Henry Ford)
1930 – Primeira turbina a gás para aviões.
1931 – Primeiro microscópio de electrónico (Ernst Ruska)
1938 – O átomo de urânio é separado (Otto Hahn and Fritz Straßmann)
1941 – "Z3", o primeiro computador em funcionamento (Konrad Zuse)
1948 – Transistor (William B. Shockley, John Bardeen e Walter Brattain)
1954 – Primeira estação de energia nuclear em Obninsk perto de Moscou.
1955 – Fibra Óptica (Narinder Singh Kapany, London)
1957 – O primeiro satélite é lançado, o "Sputnik 1" (USSR)
1961 – Primeiro humano no espaço e primeira órbita da Terra (Yuri Gagarin, União Soviética)
1964 – Circuito integrado (Jack Kilby para Texas Instruments)
1969 – Primeira aterragem do homem na lua ("Apollo 11", EUA)
1970 – Desenvolvimento do microprocessador (Intel) - Primeira calculadora de bolso.
1977 – Apple II, o primeiro computador completo.
1979 – Compact Disc (CD) para armazenar áudio digitalmente (Sony & Philips)
1981 – Primeiro computador pessoal da IBM.
1992 – Primeiro livro em CD-ROM (a Bíblia)
1993 – Invenção da Internet.

A partir de hoje iremos falar sobre a história de cada uma das invenções e descobertas acima referidas .

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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Tecnologia contemporânea

À invenção do telégrafo seguem-se as do telefone, do rádio e da televisão, e generalizam-se os aparelhos elétricos de uso doméstico. O avião e as bombas voadoras abrem caminho para os foguetes lançadores de satélites e as viagens espaciais. A era da eletricidade e do petróleo dá lugar à da eletrônica e da energia nuclear, que começam a dominar o panorama tecnológico a partir da metade do século XX. A biotecnologia revoluciona a produção de alimentos.
INFORMÁTICA – Os primeiros grandes computadores são aperfeiçoados até o surgimento dos atuais computadores pessoais. As válvulas são substituídas por transistores e estes, por chips. A informática aplicada à produção dá origem às máquinas inteligentes, à robótica e ao conceito de automação industrial.

Universo mecânico

O aperfeiçoamento dos motores, das máquinas e as novas formas de energia, como a eletricidade, dominam o panorama tecnológico de meados do século XIX até a Segunda Guerra Mundial. A descoberta e comercialização do petróleo substituem os motores a vapor pelos de combustão interna. No final do século XIX, o automóvel é inventado simultaneamente por Henry Ford, nos Estados Unidos, e Carl Benz, na Alemanha.
HENRY FORD (1863-1947), industrial norte-americano, abandona a escola aos 15 anos e desde cedo interessa-se por mecânica. Criador da linha de montagem na fabricação de automóveis, projeta o modelo de carro mais popular dos primeiros anos da indústria automobilística, o model T.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Revolução industrial

A revolução industrial caracteriza-se pela produção industrial em grande escala voltada para o mercado mundial, com uso intensivo de máquinas. A Inglaterra é o primeiro país a realizá-la. A economia inglesa começa a crescer em 1780, e, em 1840, a indústria já está mecanizada, há uma rede nacional de estradas de ferro, começa a construir ferrovias em outros países, exporta locomotivas, vagões, navios e máquinas industriais.
Nos séculos XVIII e XIX a tecnologia vai adquirindo seu caráter moderno de ciência aplicada. As descobertas e invenções encontram rapidamente aplicação prática na indústria ou no desenvolvimento da ciência. Os próprios cientistas, muitos ainda autodidatas, transformam-se em inventores, como Michael Faraday, Lord Kelvin e Benjamin Franklin.
BENJAMIN FRANKLIN (1706-1790), estadista, escritor e inventor americano. Nasce em Boston, em uma família humilde e numerosa – 17 irmãos. Aos 10 anos, começa a trabalhar com o pai, um fabricante de sabão. Aos 12, emprega-se como aprendiz na gráfica de um de seus irmãos. Em 1723, muda-se para a Filadélfia, quando começa a dedicar-se às letras e às ciências. Autodidata, aprende diversas línguas. Em 1730, já é proprietário de uma oficina gráfica e da Gazeta da Pensilvânia. Membro da Assembléia da Pensilvânia, dedica-se à política e à pesquisa científica. Em 1752, inventa o pára-raios. Quinze anos depois, ajuda a elaborar a Declaração de Independência dos EUA. Seu retrato aparece na nota de US$ 100.
ELETRICIDADE – Da primeira pilha, produzida em 1800 por Alessandro Volta, até a lâmpada elétrica de Thomas Edison, em 1878, centenas de pesquisadores dedicam-se a estudar a eletricidade em várias partes do mundo. Suas descobertas aceleram o desenvolvimento da física e da química e os processos industriais.
THOMAS ALVA EDISON (1847-1931) é um dos grandes inventores norte-americanos. Nasce em Ohio, filho de um operário de ferro-velho. É alfabetizado pela mãe e, aos 12 anos, começa a trabalhar como vendedor de jornais. Durante a Guerra de Secessão instala uma impressora num vagão de trem e inicia a publicação do semanário The Weekly Herald, o qual redige, imprime e vende. Dedica-se à pesquisa científica e é um dos primeiros a criar um laboratório comercial especializado em invenções práticas. Emprega dezenas de cientistas e pesquisadores. Até 1928, já havia registrado mais de mil invenções, como o fonógrafo (1877), a lâmpada incandescente (1878) e o cinetoscópio (1891).

domingo, 10 de janeiro de 2010

Revolução científica

A invenção da tipografia, em 1440, a ruptura de fronteiras físicas e mentais resultante das grandes navegações e o grande desenvolvimento comercial estimulam ainda mais o florescimento tecnológico. Nos séculos XVI e XVII a ciência rompe com a tradição escolástica medieval e surge a ciência experimental. Seus principais expoentes são Galileu Galilei, Francis Bacon (1561-1626) e René Descartes. Os primeiros grandes inventos que marcam a modernidade são instrumentos de medida, e os primeiros grandes inventores são fabricantes de relógios, óculos e mecânicos de oficina.
PRIMEIRAS ESCOLAS TÉCNICAS – Durante todo o século XVII, os cientistas vão buscar nas oficinas dos artesãos os conhecimentos de que precisam. Para romper com o monopólio técnico das corporações de ofício, começam a publicar seus segredos e criam escolas artesanais.
MÁQUINA A VAPOR – Thomas Newcomen (1663-1729), ferreiro e mecânico inglês, é considerado o pai da máquina a vapor. Em 1698, inventa uma máquina para drenar a água acumulada nas minas de carvão, patenteada em 1705, a primeira movida a vapor. Em 1765, James Watt, mecânico escocês, aperfeiçoa o modelo de Newcomen. Seu invento deflagra a revolução industrial e serve de base para a mecanização de toda a indústria. Em 1814, o inglês George Stephenson revoluciona os transportes com a invenção da locomotiva a vapor.
JAMES WATT (1736-1819), inventor escocês, começa a trabalhar como aprendiz de mecânico aos 19 anos, em Londres. Especializado na construção de instrumentos, trabalha na Universidade de Glasgow, Escócia, onde fabrica e conserta mecanismos de precisão. Desde cedo, interessa-se pela fabricação de um motor a vapor. Aperfeiçoa a máquina de Thomas Newcomen em 1765, construindo o primeiro motor a vapor de utilização universal. O industrial Matthew Boulton começa a construir as máquinas projetadas por Watt a partir de 1785.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Tecnologia na Idade Média

A produção tecnológica não pára de florescer durante toda a Idade Média e também institucionaliza-se nas corporações de ofício. A produção de alimentos multiplica-se pelo aperfeiçoamento do moinho de água, do arado pesado, do arreio e da ferradura. Nos feudos, surgem técnicas de cultivo sofisticadas, como a de rotação de terrenos para a pastagem e plantações.
CORPORAÇÕES DE OFÍCIO – Chamadas de guildas, ansas, confrarias ou fraternidades, as corporações de ofício existem em toda a Europa. São organizações urbanas que detêm o monopólio do exercício de determinadas profissões – ferreiros, marceneiros, pedreiros, alfaiates, vidraceiros – e das tecnologias a elas associadas. A transmissão dos conhecimentos técnicos é feita pelos mestres aos aprendizes no interior dessas associações.
CATEDRAIS MEDIEVAIS – A corporação dos pedreiros livres (freemasons, que dão origem à maçonaria) introduz o arco gótico nas construções nos séculos XI e XII. Baseado na elipse, permite maior aproveitamento dos espaços internos, melhor iluminação e a liberação da carga sobre as paredes. Com isso, desenvolve-se a arte dos vitrais, característica das catedrais medievais.
CAVALARIA – O aperfeiçoamento do arreio, da ferradura, do estribo e da metalurgia permitem o surgimento da cavalaria na Europa e o desenvolvimento das técnicas de guerra. As cruzadas ao Oriente Médio, entre os séculos XII e XV, resultam na abertura de novos mercados e estimulam as grandes navegações.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Tecnologia na Antiguidade

As primeiras grandes civilizações surgem na Mesopotâmia (sumérios e babilônios), no Egito, na China e na Índia.
PRIMEIRAS TECNOLOGIAS URBANAS – Na Antigüidade desenvolvem-se técnicas especificamente urbanas: produção de tijolos cozidos, ladrilhos, a arte da vidraria, da metalurgia, do cobre e do bronze. O crescimento comercial estimula a pilhagem, as técnicas de guerra e de navegação, com a construção de barcos a vela. Para prever épocas de cheias dos rios, de plantio e de colheita, surgem a astrono, as matemáticas e os calendários.
INVENÇÃO DA ESCRITA E DA NUMERAÇÃO – A escrita e a numeração são inventadas, possivelmente pelos comerciantes, para o controle do movimento de mercadorias. A escrita mais antiga até hoje conhecida é a de caracteres cuneiformes (gravação com estilete sobre uma tábua de argila). Surge na Mesopotâmia no século XXXIV a.C., onde também se desenvolve um sistema numérico sexagesimal.
ENGENHARIA NA ANTIGÜIDADE – O crescimento das cidades coloca novos e crescentes desafios, como abastecê-las de água e alimentos. Em algumas regiões, desenvolve-se a engenharia hidráulica, com sistemas de aquedutos e irrigação (cerca de 2300 a.C. na Mesopotâmia e 2000 a.C. no Egito). Os transportes, as técnicas de construção e pavimentação de estradas, construção de pontes, sistemas de abastecimento de água e esgotos e a navegação ficam cada vez mais sofisticados. Os romanos aperfeiçoam os aquedutos e introduzem o arco semicircular nas construções, no século I d.C. Antes disso, os templos são construídos com traves que formam ângulos retos com as paredes, o que exige grande número de linkblacks, diminui o espaço interno e dificulta a iluminação.
INVENTORES DA ANTIGÜIDADE – A tecnologia desenvolve-se nas oficinas de ourives, nas metalúrgicas, serrarias e carpintarias, marcenarias e estaleiros, muitas vezes pelas mãos de escravos. Ali surgem as ferramentas de ferro forjado, armas, machados, pontas de arados, rodas e eixos para carros de guerra e de transporte, as partes metálicas das embarcações, as primeiras máquinas e moinhos movidos a água. Possivelmente, são os próprios marinheiros que inventam os faróis e aperfeiçoam as velas.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Primeiros instrumentos

Os primeiros instrumentos dos antepassados humanos são as pedras, usadas principalmente para quebrar alimentos. Ferramentas de pedra são produzidas por hominídeos africanos há 2,5 milhões de anos. Artefatos mais diversificados, como machados e outros instrumentos de corte, encontrados no sítio arqueológico do Vale da Fenda (Rift Valley), na África Oriental, têm cerca de 1,5 milhão de anos.
FOGO – Os registros mais antigos de uso do fogo até hoje conhecidos datam de 750 mil anos atrás. São restos de fogueiras encontrados em uma caverna perto de Marselha, sul da França. Usado como instrumento contra o frio e grandes animais predadores, o domínio da técnica de acender o fogo tem papel importante na sedentarização dos pré-humanos.
O primeiro grande salto tecnológico da humanidade começa há cerca de 10 mil anos, na Pré-história, com o surgimento da agricultura e domesticação de animais. São conseqüências desse fenômeno a invenção da roda, as primeiras técnicas de irrigação e adubagem. Começa o uso extensivo da cerâmica e da pedra polida.
ARADO – A invenção do arado é um dos marcos da transição da Pré-história para a Antigüidade. Com ele ocorre a chamada revolução agrícola: a produtividade da terra é multiplicada, surgem os excedentes de produção, passo fundamental para o aparecimento do comércio e a acumulação de riquezas. As sociedades humanas ficam mais diversificadas, surgem os primeiros núcleos urbanos e, mais tarde, as grandes civilizações.

Apresentação

Somos um grupo de Área de Projecto da turma do 12ºA da Escola Secundária de S.Pedro e pretendemos por blogue que se conheça a história da tecnologia, bem como os seus avanços e as novidades mais recentes.